sexta-feira, 17 de maio de 2013

FRUTO DA SOLIDÃO E DO SILÊNCIO


ao antonio…
Amanheço as sombras
Dispersas
Rompendo a penumbra
Parto claridade
Às pressas
Sem calma nenhuma
Soltam-se as águas presas
Dos olhos rasos de saudade
Faúlhas de sentidos acesas
Em desperta ansiedade
Em nervos de solidão
E o ferro gasto
Satisfação e asco
E a grade enferrujada
No fogo aceso da desilusão
Sombreando quase nada
Num espesso amanhecer
Escurece na minha mão
Por entre os dedos
Escorrendo os segredos
Apagam-se em mim
Louco entardecer
Chega o dia ao fim
Morro a viver
musa

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