há cardos crus
no âmago das palavras
gumes de sentidos acesos
corpos nus
desertos de águas
por escorrer
do sentir
fogos lavrando a seiva acesa
em chamas a refulgir
áridos montes de espinhos
a labareda presa
em incertos caminhos
os cardos nus
da fogueira dos sentidos
arestas limadas
bardos destinos
flores cortadas
botões por desabrochar
onde nascem ervas abandonadas
o chão de terra nunca há-de descansar
cardos crus por degustar
no palato a seiva agre
rompe as papilas de doçura
chama que se consome e arde
na nudez crua da loucura
…
musa
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