Porque quando tu não estás por perto
Os versos dissipam-se silêncio ausente
A palavra é bruma de um sentir secreto
Há humidade caindo dolente
Talvez um soneto inconsciente
A poesia que se sente...
POESIA
Quero morrer como quando chega a primavera
Essa avidez sedenta de tudo quanto é nascimento
E se viver para saborear essa quimera
A altivez da morte que insiste ser tormento
Morrerei um março findo e tudo florido
No abraço meigo abrindo do frio degelo
O pranto lamento das chuvas a derretê-lo
E adentro o cansaço dos versos do sentido
Uma morte serena na solidão da melancolia
A iluminar caminho de palavras até à eternidade
Espera- me a mão estendida do deus da poesia
Respiro o último poema ávido nostalgia desejo
Que a morte chegue breve sossego claridade
E ilumine o sopro do sentir em terno beijo
...
musa
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