quinta-feira, 17 de março de 2016

GARBOSA PAIXÃO

GARBOSA PAIXÃO
A vida levei-a a enterrar
Quando morta se fez sentir
Na difícil decisão de acreditar
Que morrer demorei a fingir
Viver morrendo a amar
Que o amor em cercadura
A alimentar a alma de morte
Em passo lento de loucura
Governa o corpo de má sorte
E pode bem ser meiga tortura
E ser vida e alma em mim
Corporal descaimento
Descrédito queimação sem fim
O mais ignóbil vil tormento
Da carne assim flagelada
Que morrer todos o sabem
Mas da morte apaixonada
Há muito poucos que se gabem
...

musa

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