quinta-feira, 24 de março de 2016

O QUE FUI

O QUE FUI

Nem todos os poemas têm o teu rosto
A cor da ausência em nuances silêncio
Ou mescla de tristeza angústia degosto
Das esperas misturadas no sal do tempo

Ou lamento composto da amarga ferida
A marca registada na dor quase simulada
O corte da loucura na lágrima escondida
A raiva sentida no punho da mão fechada

Nem todos os versos desnudam teu olhar
As palavras soluçadas no choro profundo
Todas as metáforas deixadas por decifrar
E nem as vírgulas a limitar a dor do mundo

Ou queixas ou razões que possas entender
Que calada e quieta no amor confessado
Os poemas de silêncio eu possa escrever
Testemunho de vida do que foi meu passado
...

musa

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