quarta-feira, 23 de março de 2016

ADELMA FLOR CORTADA

“Adelma Tapia Ruiz era peruana e vivia em Bruxelas há quase nove anos. Ontem, dia dos atentados na capital belga, encontrava-se no aeroporto de Zaventem para apanhar um avião com destino a Nova Iorque, onde ia visitar a mãe. Adelma não sobreviveu aos ataques. A peruana, de 36 anos, estava no aeroporto acompanhada pelas filhas gémeas, de três anos, e o marido, Christopher Delcambe. As crianças afastaram-se para brincar e o pai correu atrás delas uns momentos antes das explosões - foi este acontecimento que fez com que sobrevivessem.  Adelma e Christopher ficaram feridos e foram levados para o hospital. A mulher acabou por não resistir.  A morte da peruana já foi confirmada pelo irmão através da rede social Facebook: "É muito difícil descrever a dor que sentimos", escreveu Fernando Tapia Coral. “

ADELMA FLOR CORTADA

Doce sorriso em inocente vida
Jardim de duas rosas em botão
O terror fez sangrar a ferida
Trazendo insana morte pela mão

Crueldade em sangue frio grito odor
Jazem no chão as pétalas decepadas
Há duas lágrimas com olhar de terror
E nas mãos tantas vidas ensanguentadas

A inocência manchada dor profunda e triste
O abraço que nunca mais o colo roubado
Esta carnificina loucura que teima e insiste

Ser dor ser terror ser medo ser desumanidade
Quantos pais quantas mães serão flores de caule cortado
Num jardim de terrorismo com tanta insanidade
...

musa

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