quinta-feira, 17 de março de 2016

AMO-TE

AMO-TE
Não me lembro
De alguma vez
Ter escrito
Amo-te
Ter enfeitado
Com amor
A geometria
Das palavras
Na aritmética
Dos sentidos
A filosofia
Emotiva
Do sentir
Os números
Convertidos
Cardinais
Carnais
Ou a geografia
Gestual
A pontuar
A grafia dos dedos
Em sussurros segredos
Desse amor fatal
Na estrada do olhar
A virar direcções
Numa morte pequena
A desorientar corações
A inventar o poema
No mapa dos sentimentos
De variáveis coordenadas
Onde em matéria de pensamentos
As palavras encontradas
Servem para iludir beijos
De tantos feitios e maneiras
No sentir desconcertado de desejos
A ilusão mais contida
Quando dizer amo-te
É abrir fronteiras
Da vida
...

musa

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