TALVEZ
VIDA
Estou
cansada de inventar
Dentro de
mim
Uma força
que não tenho
Cansada
de esconder lágrimas sem fim
De
arrastar passos sobre a lama
De
ignorar o caminho de onde venho
De urdir
de analgésicos a trama
De dores
no tear dos sentidos
Este
aperto de alma no peito
Um
cansaço sem tempo nem medida
A fadiga
em silêncio e gemidos
Que o
corpo adormece no leito
A
invenção desmedida
A dor que
me tortura silenciosa
Como se
fosse a razão da vida
Um
espinho doce da rosa
Que faz
sentir a sofrer
Que
importa assim viver
Essa dor
preciosa
Talvez
doçura
Talvez
tortura
Talvez
loucura
...
musa
1 comentário:
Vim relê-lo no teu espaço.
Já sei da tua qualidade poética e do teu sentir bem plasmada no verso; este tocou-me particularmente; demorei-me nestes dois versos:
..."De urdir de analgésicos a trama
De dores no tear dos sentidos" ...
Um bjo, Ana
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