domingo, 3 de janeiro de 2016

AS MINHAS CINZAS

Recolham as minhas cinzas em alabastro
Três partes iguais da minha alma do meu coração do meu corpo
O meu sentir dos sentidos profundo astro
Quando além chegar meu espirito abandonado o ser morto

Uma parte de mim dádiva em cinzas nas mãos da minha mãe
Uma parte da terra pó junto às raízes de um velho carvalho
Uma parte de mim soprada ao vento também
Poeira divagando em húmidas gotas de orvalho

Espalhem-me um pouco junto ao mar
As minhas cinzas voando sopro da maresia
Marejadas lágrimas na crina saudade do olhar

O que resta espiritual sentimento do que foi a minha vida
Um rasto de ilusão no firmamento da poesia
Cintila doce centelha em pensamento de partida
...

musa

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