João Brum
Aguarela
31 x 41 Bockingford 300 gr 2015
MANHÃ NA
SERRA
Vieste
inventar paisagens
Nos meus
olhos de sal
Um areal
de azul
Silencio
nu
Deslumbrado
céu cru
Brisas
deslizando o vento
Em olhar
transcendental
Trazendo
ao norte o sul
Num
papagaio pensamento
Crisálida
líquida de contentamento
Pinga
gélida a montanha em gotas de orvalho
Em tons
de matizado azul cinzento
E cobre a
serra o pinheiro e o carvalho
Adormece
a terra madrugada ao vento
Claridade
fria de neve embala o tempo
Na
clareira regaço não há folhas pelo chão
As
árvores agitam o cansaço da inóspita solidão
Da serra
com seu branco manto vestida
O
silêncio brisa acorda a noite escuridão
Para além
do sentir madruga a vida
A manhã
na serra é loucura e solidão
Está tudo
tão quieto
Na
encosta do monte a brancura
Parece
fugir um animal inquieto
Vai se
esconder
Há marcas
de pegadas na neve fria
Foge a
correr
Pingam
gotas de candura
A
paisagem bucólica sombria
Humedece
de amor e ternura
De
esplendor e doçura
A serra
em poesia
...
musa
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