DA CHUVA
A DOR
Gotas de
chuva e pedaços de mim
Por
dentro um vendaval de dor
E o corpo
fustigado pelo sentir
Arrefece
os sentidos o húmido cetim
Das
lágrimas que se abrem em flor
Como pétalas
de orvalho a cair
Da alma
entregue ao fim
Latejando
carmim
O sangue
a doer
De tanto
sofrer
Pano
dorido
Da chuva
a dor molhada e fria
Enregela
o sentido
A lívida
face macilenta vazia
Humedecida
a tremer
Desafia o
vento
A
estremecer
Acetinada
Da chuva
a dor onde há tanto sofrimento e nada
O corpo e
alma pedaços de vida a padecer
A pele
molhada empalidece o tempo
Envelhece
enrugada a entristecer
Não sei
se do frio se de dor
Pensar
transforma se em tempestade
Faz frio
na alma e gela o corpo em torpor
A chuva
são lagrimas de saudade
Quando
dói o sentimento
Ainda que
a dor seja verdade
Tanto há
na chuva puro fingimento
Que
importa ser de gelo ou de pedra ou de tecido
O
descanso perdido
O
tormento
...
musa
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