E
atravesso a noite
Minha mãe
solidão
E faço
peregrina
A via
dolorosa
Transfiguração
Do meu
sentir
Choram as
magnólias floridas
As pedras
da escuridão das avenidas
Que a
noite invade de dor
Em
cânticos analgésicos
De
silencio e lagrimas
Na lage
do esplendor
Da
loucura das mágoas
As horas
maceradas
Pétalas
de sofrimento
E esta
dor não adormecida
Embala as
trevas do pensamento
Violenta
e crua em sentimento
Fere de
sangue a própria vida
Procria
de sono infanticida
Uma morte
de útero e desalento
Não sei
se viva descontentamento
Se
esventre de química sentida
A carne
da alma emolumento
Que
sentencia proibida
Este
louco tormento
Tão de
mim consentida
...
musa
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