quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Homem dos Sentidos

Há um homem que me acorda dos sentidos

Desperta em mim mansas longas madrugadas

Há um homem que me conta os sonhos vividos

Lança à terra rosas vivas brancas desabrochadas

Cresce em mim vontade de me multiplicar

Num louco frenesim de amor e de desejo

Cresce em mim paixão da vida a palpitar

Fico atormentada o dia que não o vejo

Meu corpo rebento verde que sai da terra fria

Neste chão húmido de calor onde eu me deito

Sou só a rosa branca numa jarra de vidro vazia

À procura de calmo descanso sobre o seu peito

Todo ele é ternura onde eu repouso sentida

Leito tìmido que me aconchega em demasia

Seus braços raízes que me prendem à vida

Na terra das horas doces da noite e do dia

Há um homem que me acorda dos sentidos

Traz preso na sua mão meu triste pensar

Guarda dentro de si sentimentos perdidos

Nos meus olhos lágrimas que ele irá chorar

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