quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Amor da Via Norte

Vinhas de mão dada com a solidão diluida / Corpo de nada inteiro maduro tão diferente / Rompante pela via norte cumprindo estranha missiva /

De proposta delirante ausente de luz sentida / Pedindo o meu corpo porte cansado de tanta espera / Vestido de fantasia de luxuria e de quimera / Do olhar desse dia fizemos os dois a nossa sublimação / Entregues de ternura cadência de loucura e sedução / Trazias nos lábios fome e ferocidade / Abrindo-me o corpo em flor e tenacidade / Enquanto num botão de rosa meus lábios te pediam / Amor em verso em prosa que os meus olhos já sentiam / Excitada ardente e incontida / Entreguei-te o corpo a alma e a vida / No manso leito de prazer escuridão / Verter-me quente em ti desse jeito tão louco de paixão / Jamais posso esquecer onde te tive e onde te tenho ainda / Guardado dentro de nós essa meia tarde e essa noite finda / Após dobrada ânsia provocada nas pregas da minha pele / Flor em substãncia pétalas de rosa adoçicada / De sabor peganhento e perfumado de sémen e de mel / O teu querer meus seios minha dor em ti lavrada / Cobres de amor fogo lento meu corpo feito / Te entregas ternurento nessa fogueira perfumada / Enquanto num abraço forte denso / Te dou meus lábios num beijo molhado e imperfeito / Colados os corpos unidos num gesto meigo intenso

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