
Um corpo de mulher na obscuridade das tuas mãos frias
Entregue à luz nascente de todo o teu cruel desejo
Num jogo de sedução envolvente de noites e de dias
À espera de carícias sensações e de um só beijo
Nas ruas sombreadas desse corpo amado da lua
As suas formas furtivas no silêncio de todos os gestos
Deixando-se apertar nos braços como mulher nua
Cumplice de mil vontades e de tantos outros sentidos despertos
No frio nocturno do teu perdido olhar dessa batalha
Pode ler-se as promessas de um amor de esperança
Mas o tempo revelou-te igual a reles escumalha
Abandonado no profundo remorso de infeliz infância
Amante perverso que tentarei esquecê-lo
Roubando-me sossego de versos e de prosa
Porque não soube guardá-lo jamais irei tê-lo
Amor que se fanou como se murcha uma rosa
Agora deixado o refúgio dos seus braços ardentes
Corpo de mulher obscura pensas ter guardado em segredo
No mistério deste encontro de vidas tão diferentes
Fica a marcha solitária a saudade de mão dada com o medo
Em todas palavras beijos que de nós ficaram para sempre ausentes
Ficam tuas promessas de me amares de verdade as loucuras as mentiras e todo esse enredo
As conversas delirantes futeis virtuais e tão de nós prementes
Tirados um do outro na malicia de um bruxedo
Sem comentários:
Enviar um comentário