PENAS DA ALMA PARA A MÃO - papiro editora TEU CANCRO MEU - papiro editora RUSSA A BURRINHA TECEDEIRA - papiro editora À FLOR DA PELE DOS SENTIDOS DA ALMA - pastelaria studios editora
terça-feira, 30 de setembro de 2008
http://www.youtube.com/watch?v=EImwjnOaNyU
Corpos de Vento
SANGRAMENTO
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
A LOBA
Ao Lobo Misterioso
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
100 MENSAGENS
Homem dos Sentidos
Há um homem que me acorda dos sentidos
Desperta em mim mansas longas madrugadas
Há um homem que me conta os sonhos vividos
Lança à terra rosas vivas brancas desabrochadas
Cresce em mim vontade de me multiplicar
Num louco frenesim de amor e de desejo
Cresce em mim paixão da vida a palpitar
Fico atormentada o dia que não o vejo
Meu corpo rebento verde que sai da terra fria
Neste chão húmido de calor onde eu me deito
Sou só a rosa branca numa jarra de vidro vazia
À procura de calmo descanso sobre o seu peito
Todo ele é ternura onde eu repouso sentida
Leito tìmido que me aconchega em demasia
Seus braços raízes que me prendem à vida
Na terra das horas doces da noite e do dia
Há um homem que me acorda dos sentidos
Traz preso na sua mão meu triste pensar
Guarda dentro de si sentimentos perdidos
Nos meus olhos lágrimas que ele irá chorar
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
ANTONIO ATAÍDE
POEMA NASCENTE
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Fazes-me sentir musa...
fazes-me sentir musa envolta em bruma de pensamentos exóticos a querer ser clareira misteriosa deusa de momentos ao teu lado de todo o universo de teus abraços sentir-me louca e transtornada pelas tuas caricias primitivas de anjo do pecado levando-me para o inferno do desejo na selva de todas as constelações de todas as vontades consentidas...
... e a roçar a indecência de toda a porosidade etérea das lamurias de mago Apolo nos teus lábios um beijo por profanar o teu corpo túmulo por abrir e aí me quero deitar de afago carente entregue ao teu sangue quente e ao teu sexo possante e escravo da flor do meu corpo delirante...
...e meiga a mais dócil de todas as musas secreta e confidente pitonisa a exalar da fleuma inebriante deixar-te mel na tua pele deixar-te estonteante perfume de rosmaninho ao morder-te a orelha e ver teu semblante atormentado com tanto carinho levar-te ao céu e já teu corpo suado a pedir não... continuar a amar-te no desespero de tanta saudade sentida desse teu ser antigo que já foi meu por paixão por prazer numa outra vida...
...porque és um perigo que desflora a minha alma quero ser atormentada de raios rasgando esse firmamento onde me queres loucura e contentamento prenhe de tanta sedução no azul frenético do meu olhar de muitas mulheres a roçar a banalidade em mim deixar-me penetrar por falo de cetim que procura caminho por entre a tempestade no meio de fria chuva dilúvio de excitação quando tocas meu seio arminho e escorregas na senda vazia até ao meio de toda a minha vontade fazendo brotar em convulsão nascente húmida em privada propriedade...
Corpo de Mulher Obscura
Um corpo de mulher na obscuridade das tuas mãos frias
Entregue à luz nascente de todo o teu cruel desejo
Num jogo de sedução envolvente de noites e de dias
À espera de carícias sensações e de um só beijo
Nas ruas sombreadas desse corpo amado da lua
As suas formas furtivas no silêncio de todos os gestos
Deixando-se apertar nos braços como mulher nua
Cumplice de mil vontades e de tantos outros sentidos despertos
No frio nocturno do teu perdido olhar dessa batalha
Pode ler-se as promessas de um amor de esperança
Mas o tempo revelou-te igual a reles escumalha
Abandonado no profundo remorso de infeliz infância
Amante perverso que tentarei esquecê-lo
Roubando-me sossego de versos e de prosa
Porque não soube guardá-lo jamais irei tê-lo
Amor que se fanou como se murcha uma rosa
Agora deixado o refúgio dos seus braços ardentes
Corpo de mulher obscura pensas ter guardado em segredo
No mistério deste encontro de vidas tão diferentes
Fica a marcha solitária a saudade de mão dada com o medo
Em todas palavras beijos que de nós ficaram para sempre ausentes
Ficam tuas promessas de me amares de verdade as loucuras as mentiras e todo esse enredo
As conversas delirantes futeis virtuais e tão de nós prementes
Tirados um do outro na malicia de um bruxedo
domingo, 21 de setembro de 2008
...como eu te sinto...
Por um adeus sem sentido
Regresso do Anjo Azul
Prometeste-me amor
e disseste insistentemente
vais ter-me sempre que quiseres
vou amar-te lentamente
deixando-me de asa ferida
com tanta dor
a mais triste de todas as mulheres
agora esquecida
eternamente
não te tive em meu leito sagrado
fui somente corpo oferecido
num beijo dei-te o que em mim estava fechado
num olhar dei-te o que em mim estava esquecido
uma dor de alma num corpo vencido
o anjo azul fizeste voltar tão friamente
por cima de todas as dores que já eram minhas
ele que te quis amar tão docemente
entregue em teus braços doçura leite e mel de abelhas rainhas
nos meus lábios roubaste geleia real
o que ninguém teve de mim jamais
e agora entre os braços do anjo sinto-me tão mal
quem me dera não ser mais deste mundo dos mortais
e num tempo de tristeza e amargura
esquecer esse amor fatal
esquecer toda essa loucura
que de desassossego e penas
me deixou tão transcendental
mostrando tudo o mais de mim secreto profundo
mostrando apenas
mostrando tudo o mais de mim discreto a todo o mundo
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Perfume de Paris
Como quem diz
Da maciez da rosa
Pétalas de cor aveludadas
E o teu cheiro
Poemas e prosa
E o grito derradeiro
Das nossas mãos entrelaçadas
Deita sobre ele
Pétalas brancas rubras rosadas
E toda a luz de uma cidade
As cores de uma paleta
O grito de saudade
Em odores vitrificados numa roseta
E a ferida aberta
De um poema a morrer
Pelo amor que ficou por fazer
Deita sobre o meu o teu
Enrola os teus dedos
Na penúmbra húmida do meu ser
E o beijo que aqueceu
Os nossos olhares e os nossos medos
Apenas quis dizer
Que a última pétala da rosa clamor
Foi luz
Perfume
Sedução
Em cheiros e cores
Voláteis odores
De tantos sabores
A ilusão de sentir numa flor
Leves seios ondulados
De ciúme
De amor
Onde apenas demora
Traição
A verter pelos olhos azulados
Onde mora
Tanta solidão
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Fazes-me falta...
pour connaître la suprême jouissance
et la délivrance d'un solstice génital...
Cette nuit, j'aimerais me sentir la proie
d'un vilain prédateur sans foi ni loi
et me noyer dans le déluge vaginal...
Cette nuit, je m'approprierai de ton sexe
pour pouvoir l'adorer sans aucun complexe
et durement le ressentir bien encré en moi...
Cette nuit, je veux faire la folle et la volage
pour entamer le transcendental voyage
qui me montrera le plus profond de toi...
Cette nuit, je serai ta putain, ta déesse,
pour me sentir dans la peau de la maîtresse
que tu chéris et tu cherches pour t'éclater...
Cette nuit, je veux m'épanouir vraiment
dans tes reins et t'offrir mon corps, avant
de t'embrasser et dire adieu à tout jamais...
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Alma Mulher
Não nascemos Mulheres... fazemo-nos mulheres...
... fazemos da vida nascer outra vida...
o que sou eu
sou mulher
ainda que aos teus olhos
seja melancolia
sou mulher
ainda que no teu coração
seja agonia
sou mulher
ainda que no teu riso
seja água
porque mulher mágoa
sempre serei
já ao nascer chorei
e de lágrimas me fiz mulher
do ventre brotaram filhos
quais ventos sem asas
dando-me o nome de mãe
mas sou mulher
nome que ela apenas tem
porque da vida
conheço o choro
penas
e a dor
sou mulher
porque sou vida
e amor
domingo, 14 de setembro de 2008
"Fais-moi vivre" (Lud Macmartinson)
Muse...
Corpos de palavras
de memórias de cidades feitas de ti
um tempo que nos chegou sem pressa
teu corpo inteiro e submisso
somente para mim
a dar-me tanto e eu a querer
ser nas tuas mãos só a promessa
ser no teu olhar apenas o esquiço
de tão estranha tela feita por fazer
tão frio esse risco a negro ausente
tantos os desenhos pintados no meu dorso
tão cheia de cores desvanecidas a diluente
de tudo o que pintaste a leve esboço
riscos e palavras que falam do teu ser
traços misturados de contradições
corpos unidos só por prazer
o mesmo querer as mesmas paixões
a força pedida intacta num entardecer
quero ter-te de palavras escrito assim
em frases de momentos repartidos
agora que já és parte de mim
agora que me estás em todos os sentidos
que vou eu fazer destas palavras
que vou eu fazer de toda esta ânsia
de todos os momentos já vividos
kramer contra kramer nessa instãncia
os teus gestos de amor em mim escondidos
em forma cor sabor e substãncia
com que marcas território no meu corpo feito
a amares-me assim toda na tua boca desse jeito
sou eu de palavras esculpida
a dar-me toda por ti por tudo
o corpo o ser a alma assim despida
desnuda em tuas mãos por absurdo
em todos os lugares onde existires
na terra no chão nas cidades no teu leito
e ser surpreendida por teus beijos de paixão
sou eu entregue és tu a sentires
fraqueza tremura emoção
meu corpo pulsando no teu peito
quando te entregas de mão dada pela vida
na cama que é tua onde eu me deito
por ti por tudo tão sentida
entregue sem razão
loucura por ti sem fim
com que me deleito
perdida
de paixão
assim
para ti... por essa tua boca desabrochando luxuria em meu corpo
Tal um vulcão adormecido eu te espero
como quem aguarda o dia da libertação
e o teu olhar desvairado e faminto quero
para com ele entrar em tórrida ebulição
Golfadas de calor íntrinseco e de prazer
me estonteiam como o fogo da paixão
que no meu corpo a febre faz renascer
para o êxtase conhecer outra dimensão
Prisioneira do delírio quase perco o juizo
e me abandono aos devaneios profanos
até o gozo sussurrante chegar ao paraíso
onde já não existem sentimentos levianos
Carrego nas entranhas as frustrações
dos amores que eu sonhei mas não vivi
dos desejos libidinosos e das convulsões
que eu tive e alimentei pensando em ti
Agora na solidão me quedo e me enredo
como uma presa fácil numa teia de aranha
e de amar loucamente até já tenho medo
porque nunca me senti assim tão estranha
sábado, 13 de setembro de 2008
E Agora...
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
VAIDADE
À minha MUSA - Florbela Espanca
ESTE LIVRO...
Este livro é de mágoas. Desgraçados
Que no mundo passais, chorai ao lê-lo!
Somente a vossa dor de Torturados
Pode, talvez, senti-lo...e compreendê-lo.
Este livro é para vós. Abençoados
Os que o sentirem, sem ser bom nem belo!
Bíblia de tristes... Ó Desventurados,
Que a vossa imensa dor se acalme ao vê-lo!
Livro de Mágoas... Dores... Ansiedades!
Livro de Sombras... Névoas e Saudades!
Vai pelo mundo... (Trouxe-o no meu seio...)
Irmãos na Dor, os olhos rasos de água,
Chorai comigo a minha imensa mágoa,
Lendo o meu livro só de mágoas cheio!...
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Amor da Via Norte
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Fénix Renascida
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Tinta de Penas
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Noite Felina
desta noite te dou o que veio até mim
os gritos da madrugada mansa
este negro que não tem mais fim
ferindo como uma lança /
o olhar dos felinos à solta rondando /
por telhados de insonolência
numa dança de palavras se soltando
e violinos mudos de involvência /
as cordas tangendo o prazer
a minha alma suspirando
sem ter mais nada pra fazer
só ficar nesta demência /
dar-se em palavras amando
de sentidos desprendidos
soltos da angústia do meu ser
tão dados e prometidos
que jamais posso morrer /
sem sentir esta tangência
entre o viver e o morrer /
e entre mim se ergue a dor
majestosa paliçada
tê-la no sangue é favor
tê-la na pele é nada /
tenho-a tão dentro da alma aberta
de todos que a vêm morar
tenho-a tão íntima e secreta
a quem a queira penetrar /
noite felina companheira
de tantos sonhos ardentes
cai-me o negro qual viseira
destes versos tão dementes /
sou felina por inteiro
rimas são meus telhados
este poema o primeiro
de muitos por mim caçados /