terça-feira, 30 de maio de 2017

IMPROVISO

IMPROVISO

Pisei o palco para o sentir
Passageira clandestina em negro chão
Trazia por dentro o silêncio a segurar
As pontas das palavras por fingir
A voz a dar passos na imaginação
Antes da cortina se fechar
A chorar ou a sorrir
A doce ilusão
No palco da improvável vida
Sonhos ou fingimento
A máscara da solidão
Cântico ou lamento
A deixar cair a asa vencida
Do poder do pensamento
A vingar de paixão
Do sangue o verso
Alegoria do tempo
Consentida
E no escuro da plateia
Sentido sentimental
Sopro sibilo suspiro
Brisa a consentir
Dizer magistral
Profundidade  que respiro
A luz que se incendeia
Negro transcendental
Palmas acesas a improvisar
A melancólica poesia
Canto de sereia
Sussurrando da alma
Infinito declamar
Sensível profundo
A única magia
De encantar
O mundo

musa

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