DA MORTE QUE DEMORA
Olho para o retrato com marcas de viver
O rosto eterno de traços e vincos de saudade
A pátina morena a perdurar a eternidade
Que a memória teima em não esquecer
Já só me resta a fotografia para lembrar
O amor que lhe tenho e os beijos que dele tive
E esta dor persistente que luta por dentro e que me vive
E faz uma lágrima húmida e quente no rosto rolar
O vazio do olhar e a tremura com que seguro na mão
Todo o peso do sentimento desse amor de outrora
E no pensamento vagueia tempo e solidão
Amor que nunca foi meu mas que eu sempre amei
E eu sei que a morte que não demora
Me levará ao lugar lá onde eu o deixei
...
musa
Sem comentários:
Enviar um comentário