AMOR ENLUTADO
Como se sobrevive a um amor que morreu
E pulsa ainda latejante qual estrela a cintilar
Na escuridão que arde teimosamente no céu
O fogo húmido das lágrimas no triste olhar
Amor enlutado qual chuva de estrelas luzindo
Milhões de farpas a rasgar de luz o firmamento
Cravadas como punhais de sal no peito abrindo
O luto mais profundo da paixão do sentimento
A doer e moi como a pedra na mó do moinho
Macera a lembrança de incerteza e loucura
A sentimental memória a seguir o seu caminho
A doer e fere e sangra acesa chama ainda a arder
O pranto manso da massacrante e dócil tortura
Que a vida é um luto lento até o amor morrer
…
musa
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