VOU INDO
Rasto
perdido em caminhos da vida
Passos
marcados na estrada lamacenta
Pasto
acendido de chamas na alma ardida
Rasgos
sulcados lodo na pele poeirenta
Nervuras
do olhar em bruma espelho
O vento
varre de loucuras a planície lunar
Um traço
profundo sombrio e velho
Parece o
fim do mundo o poente crepuscular
Caminheiro
vencido pelo cansaço do tempo
Descansa
na ombreira da porta escancarada
O fardo
pesado verga lhe o pensamento
De olhar
humedecido despede se sorrindo
As mãos
vazias o corpo frio a alma cansada
Olha para
trás e em silencio diz vou indo
...
musa
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