segunda-feira, 19 de outubro de 2015

DESILUDIDA

Sombras enxaguam os espaços de luz
As esporas soltas nas réstias iluminadas
Do sol do beijo que seduz
As faces da escuridão ruborizadas
Quando entreaberta a porta do tempo
Olho para trás e vejo tudo perdido
E morro nos braços do descontentamento
E sinto que a vida não faz sentido
Questiono os dias de silencio dor
As horas mortificadas de desespero
A inquietude a solidão o pavor
O medo tão carnal e tão sincero
Dilatadas as veias de tanto cansaço
O coração vencido no compasso
Em pranto exsangue de névoa cor
E adentro esse fluxo desamor
Desanimo e tristeza florindo
Tão ferida tão certeza tão eloquente
As esperas ensombram a vida
Pétalas murchas do que estou sentindo
E eu tão somente
Uma desiludida
...

musa

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