Sou uma
casa onde o tempo parou
Divido me
pelos dias quartos de lua
Trago as
sombras e a luz que me veste nua
O telhado
e o chão que sobrou
Dos
ventos do sentir
Que
balançam as cortinas em farrapos da alma
Os sonhos
na soleira da porta aberta
As
paredes em branco que acalma
A casa
vazia de vida deserta
Uma dor
tão incerta
Como o
tempo assim inventado
Na fenda secreta por abrir
A negação
de todo passado
Ruínas
abandonadas do existir
A sede o
medo e a fome
Um lugar
há muito procurado
Um poema
sem nome
...
musa
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