segunda-feira, 5 de outubro de 2015

ÉS TANTO EM MIM

Do quase nada que sibila ondulante
A força das vagas desse azul mar
Sussurra tanto em mim esse teu olhar
De quem naufraga os sentidos de secreto amante

Em mim naufragado em tempo perdido
Nas profundezas de tantos cascos à deriva
Amansando ondas num longe vencido
De viagens arrumadas na lembrança esquecida

Venho aqui sozinha e cansada de sentir
Vento e maresia numa atracção feiticeira
Quando por dentro a vontade é fugir

Não encontrarei rumo à ré serena das águas
Fingir ser tanto e só assim dessa maneira
Um poema inteiro feito de sal sentidos e mágoas
...

musa

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