DESILUSÃO
Deixo-te
o poema em testamento
Memorial de
lágrimas e desilusão
Legado de
tristeza e desalento
O meu
património de solidão
Quero-o
inscrito em lápide de granito
A tinta
negra confirmando a dor
E que o
vento espalhe longe o grito
Tal como
as cinzas em voo de condor
Debaixo de
uma árvore deixem-me repousar
A casa da
última morada não é para mim
Sempre quis
bem alto o espírito além do olhar
Voos nunca
conseguidos pois da vida tive asas cortadas
Adentro um
fio da loucura suspendendo razão por um fim
Que a
desilusão de viver sempre deixa marcas guardadas
...
musa
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