sexta-feira, 2 de outubro de 2015

CHORO FINAL

Não chores as minhas lágrimas
No começo da estação
As únicas que saberei sentir
No virar do tempo
Ao gosto da solidão
Gastos os dias a guardar o sol
Os únicos momentos da vida
Em que saberemos do calor
A derreter sentidos húmidos
No choro profundo final
Tempura de sal e tristeza
A meiguice da despedida
A única certeza intemporal
Ainda há receitas pantagruélicas
Que guardo como segredos da alma
Escondidas nas papilas do sentimento
Esforço o pensamento na ténue linha geratriz
Que guia emocional caminho
O pranto mediador de ser feliz
Aceitando as lagrimas do destino
Muito antes de o tempo me dizer
Não chores o sal derramado
Ainda é cedo para morrer
Deixa-te estar ao meu lado
...

musa

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