OUTONO
Chegou
morno o vento enlace do instante
A brisa
amarelada tombando pelo chão
A
nostalgia da chuva o cheiro a terra fulgurante
Bramindo
das arvores o sussurro em despedida do Verão
As cores
do ocre alaranjado ao vermelho eterno
Dos
pardos entardeceres de luz e sombreados
A dar
guarida ao tempo que se anuncia doce inverno
Em tons
de fogo e ouro em brilhantes desmaiados
Imortalizados
em folhas mescla de sanguinidade e açafrão
No vidro prisioneiras
de húmida luminosidade
É talvez
a pureza em casto esplendor da ilusão
Veste se
o tempo de cores de sol outonais
Acastanhados
vivos nuances da frialdade
Caídas as
folhas soltas como gotas aluviais
...
musa
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