Na mão as
galhadas
O cervo
da aurora
Ao longe
as manadas
Por ti a
demora
Silêncio
da caça
Grito da
hora
Vil e
devassa
Na
clareira os cervídeos
Ruminam o
vento
Teus
olhos canídeos
Seguem
pensamento
Sussurram
chamamento
E eu vou
Atrevida
inquieta atenta esquiva
Caçadora
do teu corpo eu sou
Desassossegada
faminta furtiva
Deslumbrada
pelo cervo fugidio
Eterna do
velho mundo
Bebendo
sossego na margem do rio
Golpe de
seta certeiro profundo
Interrompe
a sede e o frio
Incita a
correr
Percorre
o um beijo de morte
Um fio de
luz e dócil prazer
Um golpe
de asa ou de sorte
Um sonho
para viver ou morrer
Presa ou
predador
Cervo do
medo e da madrugada
Em
correria esplendor
Na
solidão da manada
Rompendo
o amanhecer
De sangue
e fluidos
De
abraços de amor
Morre ao
entardecer
Silencio
torturador
Num beijo
da boca caçadora
De
excitação e sentidos
De desejo
pela sedutora
Em ternos
gemidos
De doido
querer
...
musa
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