quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A NOITE É DE ADEUS

A NOITE É DE ADEUS

Anoiteceu neste afável sentir
Tão negro e frio de saudade envolvida
Aconteceu deixar te partir
No choro impenetrável da vida
Afundou-me o teu silencio adormecido
E ninguém veio resgatar-me
Recuso as lágrimas no olhar triste
Inconsolável e ofendido
E de pranto afundar-me
Na noite que é de adeus e de partida
E fere esta ausência que de tristeza insiste
Semear de pranto a doce escuridão
Chorar o desencanto a desilusão
E por dentro já te dizer adeus
O desalento ferido
Sufocante gemido
Descontentamento consentido
Não estás nem nunca estarás
É essa a verdade e o sentido
Da noite em solidão nos olhos meus
Um minuto esgotado vencido
Na estranha hora de dizer adeus
...

musa

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