quinta-feira, 17 de setembro de 2015

DEIXA-TE ESTAR

DEIXA-TE ESTAR

Não importa o tempo que fiques na minha vida
Deixa-te estar
Verso surpreendendo o meu poema
Uma porta aberta ao meu olhar
Sobre coisa nenhuma
Sonoridade essa do fonema
Que parece vibrar
A indecisão
Só uma
Abre os sons e fica a escutar
Entre barreiras a proximidade
Teu corpo e alma eu possa amar
Com paixao e alguma intimidade
Essa de te deixares estar por ai
Bem por perto do meu intimo ser
Amornando em mim a frialdade
Ausente sentir do que não vivi
Estranho desentendimento de prazer
Vazio que me ofusca límpida lucidez
Da estrofe a ilusão da poesia a nudez
Este emudecimento a endoidecer
O deslumbramento do silencio talvez
Deixa-te estar enquanto eu viver
Deixa-te estar enquanto eu não morrer
...

musa

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