“Sê
poesia então, somente!
Como se
não fosses Deusa,
E te
tivesses, surpreendentemente,
Diluído
numa multidão cinzenta e chã...
A tua
vastidão não é só construída de palavras...
A tua
grandeza reside no imenso coração que te habita...
Beijo-te...
Sempre...
A."
Pássaro da límpida manhã
Não sei
se me entendes
Nesta
inquietude malsã
Se fazes
de mim imenso vazio
Se de mim
te distâncias ou estendes
Se és mar
lágrimas chuva ou rio
Preenchido
das coisas mais densas
Das mais
compactas ou extensas
Ou dos
silêncios mais gritantes
No
espesso deambular
Dos
instantes
Do meu
olhar
Por um
fio
A vida se
destrói dentro de mim
Desmorona
o seu altar ou prece
No golpe
mais profundo que se tece
Tombam as
palavras em seu fim
Esgotado
coração de tanto bater
Tambor de
choro e desilusão
Porque a
vida não é somente prazer
Quando
nos sabe melhor viver
Longe de
tudo de todos da multidão
Que
sufoca de silêncio o peito
E a vida
nos tem desse jeito
Em
surpreendida solidão
Vagas por morrer
Vagas por morrer
...
musa
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