"
Voltei, e foi bom ler as palavras que me foste deixando...
Mergulho
as minhas mãos nessa fonte pura que me deixaste
E cheias
dessa água fresca e doce, abro-as sobre o meu rosto.
Lavo
assim a alma, torno-me o rio que evocas.
Ficaram,
lá longe, os desertos...
Saboreio
essa tua humidade,
Escondida,
Secreta,
Íntima...
Invado o
espaço que entre as tuas coxas se abre...
Preencho-te.
Inundo-te,
Torrente
de rio que regressa
À origem
(do mundo)...
A."
REGRESSO
Quando regressas de paragens cheio de luz
E trazes
no olhar o longe dessas viagens
Há na tua
boca uma história que me seduz
Feita de
desertos vales montes rios margens
Cais onde
te espero pela palavra que me conduz
A tantos
versos a tantas palavras a tantas miragens
E um
desejo de te mostrar na intimidade esse mundo
Cheio de
luminosas cores sons cheiros deslumbrantes paisagens
E um
sossego trémulo em ilusão e cúmplice desassossego profundo
A
torrente do rio aonde enfim regressas para silencioso fundear
Tanto
amor e vontade em doce humidade do sal do olhar
O brilho
acesso dos olhos húmidos de espera e sentido
E brindas
lábios com a âncora do querer
Um breve
e delével gemido
Onde há
tanto prazer
..
musa
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