sexta-feira, 7 de agosto de 2015

FLOR DA OBSCURIDADE

FLOR DA OBSCURIDADE

Antes da paz, algum estremecimento.
Despirás as tuas palavras preciosas
E entregarás a tua pele à incerteza dos dias
À crueza dos momentos felizes?
Tanto que tu me dizes
Nesse contentamento
Sintonia
Vivencial circunstância sem culpa ou compromisso
Mágicos são os momentos não vividos
Cruel espera de assim sentir...
Serena harmonia dócil fruir
De que serão feitos os teus sentidos?
Presentes ou omissos
Afectos ou devaneios
Que importa se queremos ou precisamos
O tempo desespera
Desejamos amamos
Felicidade ou distração
A loucura de sentir
Permitir a paixão
Omitir a ilusão
O devaneio
Há-de existir
No teu Eu
Devaneios insanos
A loucura do querer
Pura poesia prazer
Caminhos estranhos
Conspirações  do universo
Como será na tua boca um verso?
Como será um beijo na tua...
O poema que nunca escreveste
A palavra nua e crua
A vida que já viveste
Quero-te
Flor da obscuridade
Em intima floração
Pétalas de obscenidade
Botão cumplicidade
Louca sedução
Intimidade
Doce paixão
...

musa

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