BRADOS
VENTOS
Tenebrosos
desgostos em rendados suspiros
A
tarde já no fim repousa a luz que escurece
O
frio que em filigrana gélidos cinzas se tece
A
renda das lágrimas que sufocam os delírios
De
que ninguém mais se compadece entende
O
sufoco do peito a sangrar tanto sentimento
Nos
vendavais em que chuva gritos estende
Como
murmúrios de dor a invadir pensamento
Brados
ventos trazem do mar cântico oração
Das
arribas onde a alma se deita nas águas frias
Ventania murmura secreta e doce meiga canção
Bardos
ajoelham nos penhascos frente ao mar
Pranto
prece ao vento das tempestades sombrias
Suplicam
a luz que nunca falte ao ser ao olhar
...
musa
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