Num
dia de chuva os céus rasgam se em trovões e raios prateados e a minha alma
surge ave surfando as vagas nuvens da claridade cinzenta da tarde em pingos pesados
silêncios em colorida trovoada a esvoaçar-me o ser de exóticos sentidos em
plumas de solidão...
O
sentimento em voos soprados
A
alma inteira escorrendo os sentidos pelo crivo
Dos
sonhos na lentidão do tempo deixados
O
desafecto das ausências e privações
As
vivas transparências dos corações
Que
nunca souberam amar
A
esta hora rasga os céus o trovão
A
ave voando os céus em liberdade
Há
no poema a íngreme melodia da sedução
A
melancólica prece da saudade
Talvez
o pássaro das luas prometidas
Íbis
de faraós e rainhas dos desertos
Gatos
prometendo mais do que sete vidas
Areias
e pirâmides e sarcófagos secretos
E
o sonho por cumprir
No
vão escuro do silêncio
Onde
se possa sentir
Mais
do que passado
A
viagem da vida
Logo
ali ao lado
...
musa
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