SINOS
DA ALMA
Esta
madrugada os sinos não se calaram
Trouxeram
hinos de silêncio por entre pranto
Brilharam
como pérolas lágrimas que choraram
A
vida desprendida da teia viva do desencanto
Tocaram
baladas entrelaçadas de gritos de dor
Ao
som dos sinos em todas as torres das igrejas
As
aves esvoaçaram asas de penas e de amor
Eram
lábios e olhos rubros como maduras cerejas
Toda
a manhã se ouviu os sinos da alma dorida
Que
sinais de angustia levam os ventos em oração
Choram
de tristeza amarga e plenamente sentida
Ainda
se podem ouvir murmurando o chamamento
Em
silenciada prece ecoa profunda desilusão
Há
na voz dos sinos a dos anjos em sentimento
...
musa
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