sexta-feira, 14 de novembro de 2014

MIGRAÇÃO DO SILÊNCIO

Eremita do silêncio da casa
Guardadora de gatos
Rompe a escuridão
Em passos de luz
Sobre o chão encerado
Brilha a sombra acesa brasa
Imprime os passos dos sapatos
Com marcas firmes de solidão
Que o tempo a pó reduz
Toda a casa silenciada
Respira a mansidão dos afectos
Quieta estranha assim fechada
Vive a alma dos silêncios secretos
Espero a última dança dos raios de sol despertos
No rasto de poeira bailando o escuro da sala
Em silente segredo os mistérios da Cabala
O refúgio da poesia é sempre o ultimo reduto da alma migratória
O silêncio a casa e o gato vagueiam a vida
Talvez se conte por aí sempre a mesma história
Há de haver um tempo que a saudade seja proibida
...

musa

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