AMO-TE
Elizabeth B. Browning
Amo-te quando em largo, alto e profundo
Minha alma alcança quando, transportada
Sente, alongando os olhos deste mundo
Os fins do ser, a graça entressonhada.
Amo-te em cada dia, hora e segundo:
à luz do sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não podem nada.
Amo-te com o doer das velhas penas,
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
e a fé da minha infância, ingênua e forte.
Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E assim Deus o quisesse,
Ainda mais te amarei depois da morte.
***
AMO-TE
Amo-te quando adentro em profundidade
Minha alma partilha essa terna lembrança
Do ser amado em profunda e doce saudade
A graça entressonhada em olhar esperança
Amo-te em horas prenhes de audaz fantasia
No calor do sol do dia e na frescura sossegada
Das tardes em que te escrevo amor em poesia
Sentada no regaço da claridade apaixonada
Amo-te com o doer das velhas penas,
Com todas as forças erguidas desse amor
Com lágrimas, com sorrisos e o olhar,
A desfolhar páginas da vidas pétalas serenas
Com choros com rasgos de alegria com dor
A mesma força da rosa a desabrochar
…
musa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Elizabeth_Barrett_Browning
http://pt.wikipedia.org/wiki/Elizabeth_Barrett_Browning
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