No seio do teu sentir
Deitar me ia um dia
Se tu o deixasse permitir
Em audaz fantasia
Mas não deixas
Escondes me o bosque encantado
O rosto encoberto de madeixas
Do teu cabelo avermelhado
No amargo sorrir doces queixas
E o teu olhar abandonado
Ao sentir que me tens
Há no teu rosto sereno e frio
O calor de alvoradas por amanhecer
O sol enevoado e sombrio
De manhãs enregeladas do alvorecer
Há as sombras na iris dos teus olhos quentes
Meninas arregaladas ao espanto do tecer
No seio do sentir a teia dos sonhos que sentes
Como se a vida ousasse de fantasia te prender
E faminta de encantos e sentidos somente ser
Clareiras de recantos proibidos onde te perder
No bosque da vida és pétala perfeita
Há no teu sentir a serenidade presente
És em ramo de árvore a folha eleita
No frémito da brisa a luz premente
…
musa
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