domingo, 20 de maio de 2012

MANHÃ SUBMERSA

Veio o cavalo de chuva
Romper esporas da madrugada
Pisando a manhã turva
Nascida acinzentada

No trote espesso do relinchar
Gotas de punhais espetadas
No dorso da manhã fazem pingar
O suor das têmporas acossadas

Corre corre cavalo alvorecer
Na tua manhã submersa
Que acordou a chover
A luz que o cansaço dispersa

E assim frágil iluminada
Brilha húmida opacidade
Cavalo rompendo alvorada
Chove em nome da saudade

O dia que clareou de cinzento
Por detrás do denso nevoeiro
Manhã submersa do tempo
Que nasce e morre primeiro
...
musa

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