domingo, 20 de maio de 2012

LÁGRIMAS DO MAR

O mar entristeceu
Tomou-se de tamanha tristeza
Nem sei bem o que lhe aconteceu
Para ficar sentido com tanta certeza

Olhou para o fim da tarde
O dia que assim escurecia
De mansa e leda claridade
E de vagas revoltosas se enfurecia
Escurecendo a luminosidade
Trazendo a noite ao abraço do dia

Soltou as lagrimas esse mar rebeldia
Num choro compulsivo inconfidente
Brotando da ténue melancolia
Nostálgico ser que chora e sente

Lagrimas de mar
As mesmas que por dentro me sentem
Oiço-lhe a fúria capaz de me naufragar
Barcos veleiros navios que adentro me entrem
Num desassossego que em mim possa ficar
Tudo e tanto que de mim inventem
Tudo e todos que me façam chorar
...
musa

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