Eram tempos de romaria
Alvoradas ao pomar
Fazer das cerejas poesia
E nas árvores ir brincar
Gaiata pequena colhia cerejas
Com que enfeitava as orelhas
Com pardais e as pardalejas
E aos zumbidos das abelhas
Sentia-me uma princesa
Empoleirada na cerejeira
Admirando tanta beleza
Enfeitiçada pela brincadeira
Brincos de cereja como rubis
Fruto tão doce avermelhado
Faziam-me uma criança feliz
No meu reino abençoado
Cerejas rubras e maduras
Por entre a folhagem verde
Menina de tantas loucuras
A comê-las matava a sede
…
musa
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