Falo
a língua
Por
decifrar
Articulada
Inanimada
De
olhares
Silenciados
Memórias
indivisíveis
Que
se tu deixares
Marcam-te
o tempo
Desses
dias manchados
No
meu peito o ninho imperfeito
Do
tempo mitocondrial
Navegado
de utopias
De
mais uma invenção
Surreal
Não
sou a árvore ou a ilusão
Que
ramifica de palavras
Nas
tuas mãos
O
tronco oco da sapiência
Sou
talvez a urgência de sentir
E
não sou de admitir
Aquele
pensamento
Onde
tudo
O
mais discreto absurdo
Possa
existir
Arrastado
curto
Que
tu e eu
Eu
já senti
Esse
sentir astuto
Pela
mão matéria de Orpheu
Às
rédeas da insensatez
Onde
talvez
Ele
ou eu
Aninhe
o sentir
Aqui
…
musa
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