Nem
sempre entendemos todas as palavras
Sopros
murmúrios brisas do vento toadas
Súbito
arrebatamento por cumprir
Esquecidas
todas as mágoas
Na
gratidão de existir
Ensinamentos
ainda que parcos
Ecoando
como firmes passos
Flechas
disparadas de arcos
Esculpindo
do teu rosto traços
Que
ficam na memória do sentir
Todas
essas palavras por admitir
Nem
sempre falamos do que amamos
Vacila-nos
a coragem leve desalento
E
em todo verso nos afirmamos
A
cada palavra vil lamento
Ao
meu Pai confesso dele não sei falar
Esteio
amarra vínculo de todo meu ser
Aprendi
pela vida outra nobreza de amar
Os
passos do silêncio a transparecer
E
em silenciado amor sempre me contive
No
receio de palavras ainda por inventar
No
respeito e na gratidão com ele estive
Reconhecendo
afetos ainda por alcançar
Das
palavras que não lhe tenho perdão
Omito
consentida essa humedecida secura
Viverei
o tempo em horas de solidão
A
lembrar quanto fui fiel à terrível loucura
Essa
desvairada de omisso sentimento
Que
fica vadiando pela lembrança
Da
existência do Pai um pensamento
Que
me acompanha desde criança
Por
toda a sua vida lhe agradeço
Parcas
as palavras que assim lhe confio
Toda
a compreensão que ainda lhe mereço
No
sentir de gratidão a vida por um fio
Mais
do que um Pai amigo e presente
Por
todos os sacrifícios a não esquecer
Peço
talvez perdão pelas vezes ausente
Das
horas que perdi no seu silenciado viver
…
musa
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