Deusa dos pés nus Diva bela
Por esse caminho longo sentido
Marinheira de tão doce caravela
De São Vicente porto perdido
Tua vida feita imenso mar azul
Na tua voz bailam as vagas
Fazem ondular a sodade lá a sul
Da ilha de Cabo Verde tu guardas
Formosa terra nostalgia canto
Crioula dama da morna e coladeira
Canções da terra do mar fiandeira
Choro de mel derramado pranto
Para sempre chegaste a esse azul mar
Amortalhada em tua voz linda prece
De todos quantos em terra vão chorar
A musa dos pés descalços que de sodade tece
Idílicas paisagens para lembrar
Teia do tempo vagas lamento mar mansinho
Nosso olhar de admiração emudece
Que agora saudade deixa destino
…
musa
1 comentário:
“Eu preciso de quando vez da minha da terra, do povo que sou e desde marulhar das ondas”
Cesária Évora
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