segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

AVENIDA DOS ALIADOS


Grávida a avenida cheia de gente
É um ventre apinhado
Arredondado
De almas que o corpo sente
Ocupando espaço nos passeios
De fartos e volumosos seios
Na fartura dos encontrões
No passear de desilusões
Olhando montras fantasiadas
Tal como as ruas iluminadas
Deixando transparecer
O cordão umbilical
Que acolhe de prazer
Esta época de Natal
E engorda a avenida
De gentes em passeata
Iludindo a doce vida
Com o correr da regata
Lembrando a Natividade
Que leva gente à cidade
E parece querer dizer
Apressem-se gente
Que eu estou para nascer
Dando à avenida o presente
Prenhe de harmonia e sentimento
De qualquer coisa que vai acontecer
Nesta cidade em movimento
musa

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