Aberta
a passagem ao largo do umbral
Asas
agitam-se como andorinhas negras
Entreaberta
a porta das borboletas pretas
Deslumbram
sombras do sonho transcendental
Abrindo
para o mundo as ilusões secretas
Os
olhos fechados do imaginário ao real
Num
voo silenciado sentido
Deixam
entrar da obscuridade profundo caudal
Que
emerge das palavras loucura sabedoria
Como
se o mundo andasse perdido
Da
noite e do dia
As
entradas e as saídas como páginas viradas
Tantas
as vezes que cruzada essa ombreira
Páginas
e páginas folheadas
Assim
dessa maneira
À
luz da cúpula festiva
Altaneira
Prece
oração ladainha a palavra viva
Faz-se
rainha dos porões do pensamento
E
vive a magia do sentimento
A
ilha de porta aberta
Que
somente o vento
Em
dança mistica discreta
Parece
querer fechar
E
de portas a abanar
A
alma cogita
De
luz a brilhar
Nas
sombras se agita
A
esvoaçar
...
musa
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