DIZ-ME
Diz-me
que ainda há palavras na alma do teu olhar
Que
há sentidos descritos desse sentir tão carnal
Nos
olhos o corpo feito escadaria até lá chegar
O
fogo dos tempos do ser transcendental
Diz-me
que ainda há neles a doce leitura
A
estranha vontade de seduzir
A
insana loucura
Diz-me
desse fogo aceso a luzir
Em
manso olhar de doçura
O
gozo preso por cumprir
Em
altar de ternura
Que
há estrelas no brilho escuridão
Dois
círios iluminando umbral de claridade
Diz-me
que vês nos meus olhos a doce ilusão
Que
faz dos sorrisos pórticos para a clandestinidade
E
o teu olhar tão perto do meu
Em
tão sentida distância
Faz
me lembrar de onde o céu
Era
um sorriso de criança
...
musa
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