domingo, 14 de setembro de 2014

OLHAR EM TI

Os olhos cerrados aguardam a hora
De transpor o tempo e viajar
Nas asas das tuas mãos em mim
Sem delongas sem demora
Para além de todas as fronteiras
O teu jeito lento de penetrar
Bosques caminhos clareiras
Sem começo sem fim
Um todo por desbravar
Terra prometida
O sentir e a vida
Vivido assim
Puro prazer
A alma da pele assim oferecida
Em mil pedaços lembrados
Os sentidos aos bocados
Em louca evasão
Terna sedução
Resgate endoidecer
Do sentir e do ser
Fecho os olhos e resgato-te a sombra do sentir
Demoro-me no instante de lembrar-te
Há mil pedacos de ti em sentidos
Os poros da pele contraídos
Nessa vontade de te invadir
De carícias e gemidos
Somente pedir-te
Vem
Para onde há esperas na pele das palavras
Membranas ténues hesitações
Quimeras olhares perdidos
Nos sulcos nas lavras
Dos sentidos e das ilusões
Instantes comprometidos
De meras desilusões
E depois e ainda
As promessas sem tempo algum
Esta dúvida que nunca finda
Pairando receios e contrariedades
O sentido quase nenhum
De desalentos e veleidades
Omisso sentir ou doce iludir
Em mentiras ou verdades
Aceitar ou desistir...
...

musa

1 comentário:

Anónimo disse...

Desistir, nunca.

A.F.