o vento desafia obliqua dança da chuva
ergue
altares de odores a terra molhada
escorre a
montanha rio de água turva
nos teus
olhos acorda húmida madrugada
em pingos
de serenidade eleva-se a glória
desafia
tempo o sacrificio das lentas horas
madrugada
impressa de odorata memória
chuva
cravando o punhal odor das demoras
que
cheiro esse que assim perfuma o estio
clamando
pelo Outono de perfumes e punhais
morno
tempo recatado das lágrimas e do frio
são tão
intensas as essências da melancolia
manhã
fria de sentidos tão profundos e carnais
sabem as
palavras a versos de rasgada poesia
...
musa
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