quinta-feira, 26 de setembro de 2013

PODADURA

Tenho em mim crescimento desmedido
Ramos mortos quebrados amarelecidos
Tenho em mim o corpo gasto dividido
Como se me maltratassem os sentidos

Tenho em mim escaras secas rasgadas feridas
Rama braços inúteis galhos folhas excessivas
Tronco apetecido de uma loucura mordaz
A necessitar podadura renovação renascimento
Pensamento harmonia ternura paixão luz e paz
Na limpeza loucura do apodrecimento
Que a poda sentimento dentro de em mim faz


Insensível sentir da carne em desbaste
Poda insana do tempo lento voraz
Olhar ferido cortada haste
A vida crescida arborizada
Que esse sentir baste
Para ela ser podada
Na paz que me faz
Dentro de mim enraizada
Alento desgaste
Satisfaz

musa

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